Vitória, ou a Filha de Adão e Eva, um projeto gestado por mais de 30 anos por Barata. Cichetto, poeta, escritor, artesão, técnico de informática.
Durante mais de trinta anos eu tinha um sonhobjetivo: escrever uma Opera Rock. Mas nunca tive a disposição, os argumentos, a bagagem e principalmente a inspiração necessárias á sua composição. O sonhobjetivo nasceu quando ainda nos anos 1970, várias bandas de Rock lançaram suas óperas-rock. Em 1976 ou 77 estreou no Brasil a "Tommy" do The Who, no filme esplêndido de Ken Russell. Na época eu tinha uma paixão estudantil, que por descobrir ser ela uma lésbica, se transformou numa das maiores amizades que já cultuei. E fomos exatamente 27 vezes assistir a Opera-Rock no cinema... E em todas elas, saiamos e discutíamos sobre o filme, aspectos psicológicos etc. Acaso tivéssemos escrito tudo os que falamos sobre Tommy, teriamos um verdadeiro tratado sobre um filme jamais escrito. O tempo, muito, se passou, nunca mais assistira ao filme, embora às vezes escutasse a trilha sonora. A vida correu, as experiências sob as formas mais diversas foram alimentando minha criação. Escrevi centenas e centenas de poemas baseados nelas, e hora ou outra a idéia da "minha" Ópera-Rock rondava minha cabeça... Mas não tinha saco nem tempo, nem...
No final de Junho de 2010, próximo ao dia em que completei 52 anos, pedi a meu filho o DVD de Tommy, pois minha companheira disse nunca ter assistido. Coloquei o disquinho no aparelho do quarto e já no início do filme, quando do momento do nascimento da personagem principal um estalo: Tommy nascia no primeiro dia da "vitória" aliada na Segunda Guerra Mundial. Então pensei: "Vitória" o nome dessa ópera deveria ser Vitória e deveria ser uma mulher... Dai nasceu "Vitória, ou a Filha de Adão e Eva". E comecei a escrever feito alucinado, parecendo que todos os temas estavam ali, prontos, apenas esperando que eu os escrevesse... Ou estavam ali implorando: quero sair! A história inteira brotou na minha cabeça, todos os personagens, situações... Tudo, tudo junto.
A inicio imaginei ser uma obra a ser escrita sem pressa, ao longo de anos até... Mas as convergências universais como sempre atropelaram... Conspiraram, sei lá. Pois, pouco mais de uma semana depois de iniciado, com a cabeça pegando fogo, sem tempo nem de respirar ao terminar de escrever uma parte e a outra querendo sair, ir ao papel, que um amigo, na verdade o dono da Rádio Web onde apresento meu programa semanal, sugeriu que eu fizesse uma matéria com Amyr Cantúsio Jr., musico que eu conheci superficialmente através de trabalhos na área de Rock Progressivo. Procurei pela Internet um contato com ele e propus uma entrevista para publicarmos em meu site. Nesse meio termo, analisando o trabalho e a competência absoluta de Amyr, tive um estalo: esse é o cara!, Pensei comigo. E meio com receio de uma resposta negativa, falei superficialmente com ele sobre meu projeto. De pronto o Amyr aceitou. E em 15 dias a Ópera estava escrita, com suas 33 músicas, 18 personagens, contando a saga de "Vitória, a Filha de Adão e Eva". O trabalho musical está em andamento, pelas mãos e genialidade musical de Amyr. E em breve o mundo conhecerá "Vitória".
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